Quem Foi Diná, Filha de Jacó?
Diná foi a filha de Jacó com sua esposa Lia. A história de Diná na Bíblia ficou conhecida por causa de uma tragédia. Infelizmente Diná foi violentada por um príncipe cananeu, e depois dois de seus irmãos acabaram promovendo um massacre com o objetivo de vingá-la.
Diná é menciona na Bíblia no livro de Gênesis, no Antigo Testamento (Gênesis 34). O significado do nome Diná é incerto, pois diferentes grupos semitas usavam nomes semelhantes a esse. Mas muitos intérpretes observam que em acadiano o nome Diná provavelmente significa “julgada”, derivando da raiz para “justo” e “justiça”.
A história de Diná na Bíblia
A Bíblia diz que quando Jacó estava habitando perto de Siquém, Diná saiu para visitar as mulheres daquela localidade. Pelo contexto da narrativa bíblica, parece que Diná estava andando desacompanhada (Gênesis 34).
Então um príncipe daquela terra por nome de Siquém, filho do heveu Hamor, viu Diná e ficou atraído por ela. Numa atitude covarde e hedionda, Siquém forçou Diná a ter relação com ele, deixando-a humilhada.
Mas depois de ter tido relação sem o consentimento de Diná, parece que Siquém acabou se apaixonando por ela. Consequentemente, o jovem recorreu a seu pai para que ele falasse com Jacó, o pai de Diná, a fim de que ele pudesse se casar com a moça.
Em seguida, o texto bíblico diz que Jacó recebeu com silêncio a notícia de que Diná havia sido violentada, e esperou por seus filhos que estavam no campo. Quando então os filhos de Jacó souberam o que tinha ocorrido com Diná, eles ficaram indignados com o que Siquém havia feito a ela.
No entanto, o pai de Siquém propôs que o jovem se casasse com Diná oferecendo o dote apropriado de acordo com os costumes da época, e ainda sugeriu que as duas famílias se misturassem através de casamentos.
Essa proposta, claro, também favorecia muito os siquemitas que teriam nos filhos de Israel os seus aliados íntimos. Contudo, isso representava um grande perigo, pois fatalmente faria com que o povo da aliança, os descentes de Abraão, se misturassem com os cananeus.
A vingança por Diná
Os filhos de Jacó escutaram as palavras de Hamor, pai de Siquém, e fingiram se interessar por sua proposta. Mas de forma muito astuta, os filhos de Jacó impuseram como condição para aquele acordo a circuncisão de todos os homens siquemitas.
Prontamente Hamor e Siquém concordaram com a exigência dos filhos de Jacó. Sem demora, Hamor e Siquém reuniram os homens de sua cidade e falaram a eles a condição imposta pelos filhos de Jacó. Além disso, eles também explicaram aos siquemitas os benefícios sociais e econômicos que aquela união iria proporcionar a todos.
Então os homens daquela cidade concordaram com proposta dos filhos de Jacó, e todos eles foram circuncidados. Mas ao terceiro dia, quando os homens estavam experimentando a maior debilidade por conta da dor do ferimento da circuncisão, Simeão e Levi, dois dos irmãos de Diná, invadiram a cidade dos siquemitas com suas pesadas espadas de ferro, e mataram ao fio da espada todos os homens da cidade, incluindo o príncipe Siquém e seu pai, Hamor.
Em seguida, os filhos de Jacó tomaram a Diná da casa de Siquém e foram embora. Nesse ponto muitos comentaristas afirmam que provavelmente àquela altura Diná já havia se casado com Siquém, pois ela foi tirada de sua casa.
Além disso, os filhos de Jacó ainda saquearam a vila dos siquemitas e se apropriaram de todos os bens daquele lugar. Eles também levaram como prisioneiros as mulheres e as crianças da cidade.
Quando Jacó soube a respeito do que seus filhos tinham feito, ele ficou profundamente preocupado. Jacó reprovou aquela atitude inconsequente que colocou toda sua família numa posição de hostilidade diante dos cananeus. Para Jacó, o massacre promovido por Simeão e Levi foi injustificável; mesmo diante do fato de Siquém ter cometido um crime hediondo contra Diná.
Inclusive, antes de morrer Jacó condenou a atitude de seus dois filhos, e acabou amaldiçoando Simeão e Levi em sua bênção final (Gênesis 49:5-7). Depois desse triste episódio, nada mais se sabe sobre o que aconteceu com Diná.